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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo X A FAÍSCA N O INÍCIO DO ANO 1901 , havia 84 meninos no instituto dos fi- lhos dos selvagens, e 44 meninas no de São José da Providência. Esses dois institutos eram a esperança da Missão. O futuro da Missão dependia deles. Eles deveriam ser os verdadeiros colonizadores, porque educados desde a infância para conhecer e amar a Deus, e ser fiéis aos próprios deveres, pios e morigerados, formariam verdadeiras famílias cristãs. Em todos os arredores, e especialmente ao longo das margens do rio Mearim, havia-se espalhado o sarampo. De início, nada de alarmante: a maioria ficava boa e eram poucas as vítimas. Mas, depois de metade do mês de janeiro, a doença recrudesceu, as febres que a acompanhavam pros- travam as forças do paciente, e o número de mortes multiplicava-se dia a dia. Não havia família que não chorasse um filho ou uma filha, e não rara- mente o mal atacava também os adultos. Graças aos cuidados tomados, os dois institutos ficaram livres da infecção por longo tempo, e já se nutriam esperanças de que o Senhor os teria poupado da terrível provação. Mas não foi assim. Em poucos dias, morreram no instituto da Barra do Corda 28 garotos, e no de São José da Providência 22 meninas. Os selvagens, que tinham assistido indiferentes ao morticínio que o sarampo tinha feito

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