BCCCAP00000000000000000001766

76 Pe. Bartolameo da Monza pobrezinho para todos vestir e nutrir, e com a palavra da Sabedoria anun- ciavam às meninas a lei do Senhor, e assim se armavam de decoro para o último dia. Durante aquele período, os selvagens não fizeram desordem. Mas Deus quis provar seus servos e dar ocasião a um daqueles atos heroicos que somente a caridade cristã sabe operar. Eram os últimos dias de outubro de 1899, e frei Salvatore foi acometido de febres malignas que o obrigaram a ficar de cama. A falta de frei Salvatore, que era a vida de todos os trabalhos da colônia, causava grande prejuízo. Todos os selvagens que esta- vam acostumados a trabalhar sob a sua direção, se ausentaram, foram visitar suas aldeias, e, em companhia de seus conhecidos, tornaram a seus primeiros hábitos, com grande dano às suas almas. Para os missionários, isso foi causa de grande dor, e eles pediam a Deus que restabelecesse logo a saúde do frei Salvatore. Padre Celso, superior da colônia, valeu-se de todos os recursos e todos os remédios para baixar a febre que tão rapidamente levava o jovem religioso à sepultura. Mas era tudo inútil: o mal piorava cada vez mais, e a morte se aproximava. Frei Salvatore, sustentado pelos sentimentos e pelo conforto que continuamente lhe eram prestados pelo padre Celso e pelo padre Vittore, em tudo resignado com a vontade divina, de alma tranquila esperava que o Senhor o chamasse a si. Seu semblante era de tranquilidade, e seus lábios ardentes somente se mexiam para a oração, os olhos sempre vol- tados a um crucifixo pendurado em frente ao seu pobre leito. Ele, em toda verdade, poderia ter repetido com São Paulo: “Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Para mim é reservada a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me dará depois da morte.” Padre Celso

RkJQdWJsaXNoZXIy NDA3MTIz