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66 Pe. Bartolameo da Monza Quando o mar está tranquilo, uma viagem marítima é a coisa mais deleitável. Mas quando o mar se encrespa e as ondas se acavalam, oh! quanto é atroz para aqueles que sofrem o seu terrível enjoo! Estes sofrem, e sofrem horrivelmente. É verdade que o enjoo do mar não mata ninguém, mas, enquanto dura, causa tanto incômodo e um mal-estar generalizado, que ninguém ainda conseguiu definir. As nossas irmãs, umas mais, outras menos, padeceram do enjoo do mar, e o que mais almejavam era o desembarque. Em Maranhão, fo- ram alojadas com as Irmãs de Sant’Ana. 3 Lá esperaram o barco a vapor que partiria para Pedreiras. Na viagem, acompanhou-as o terciário capuchinho Frei Francesco da Desio. Quem pela primeira vez faz aquela viagem no meio de uma na- tureza quase virgem fica boquiaberto com a sua magnificência, e não pode conter-se em exclamar: “Esta é verdadeiramente uma obra de Deus! Uma obra da sua onipotência.” A baía, que leva ao rio Mearim, com suas mar- gens cobertas de densas florestas e matas virgens, com árvores cujo tronco 3 Em Maranhão: era essa uma forma corrente de se dizer, até inícios do século XX, a capital do Estado, São Luís. (N. T.). Rio Mearim
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