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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo V A SERPENTE E A POMBA C ONFORME ANOTEI no meu prefácio, quando Jesus Cristo cons- tituiu os apóstolos seus primeiros missionários e lhes disse “ide e pregai o Evangelho a todos os povos”, Ele submeteu todas as nações das terras civi- lizadas e não civilizadas ao seu poder espiritual, e, enquanto houver alma para salvar, os seus missionários terão direito de estar em todas as partes do mundo. Mas ah, quantas vezes os enviados do Senhor têm de repetir com o pio Josafá: “Os nossos inimigos tentam e fazem de tudo para nos mandar embora do país do qual Tu nos deste a posse. Deus nosso, Tu não farás justiça contra eles? Pois não temos força para resistir à multidão que nos assalta. Mas, não sabendo o que devemos fazer, só isto nos resta: voltar os olhos a Ti.” Isto faziam também os missionários da colônia de São José da Pro- vidência em Alto Alegre. Eles não podiam acreditar nos amigos e nem fiar-se em quem governava. Os inimigos da Missão eram os domésticos, os quais, como espinhos escondidos, não cessavam de ofender, nem de ferir, nem de fazer o mal; e aqueles que deveriam denunciá-los, não apenas não o faziam, mas eram eles mesmos que os instigavam, e a única coisa a fazer era voltar a face ao Senhor e só nele confiar, pois Ele é a esperança no dia da aflição.

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