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25± A TlrnXSACmM DA BíBLIA não tem destino, porque é a senRação da impotência de existir no pecado sem possibilidade de red('nção. A an– u-ústia radical do homem é a sua c01rnciência de eriatura, ;{ indigência da sua eaducidade unida ao de8ejo de viwr, à :ma ânsia de eternidade. Cristo dá sentido à angústia humana Antes de Cristo, o pensamento da fugaeidade da vida enchia de tédio os espíritos mais cultos. Assim. SófoclcH exelama, desesperado: «ó mísero mortal género humano! Que somos senão soh1bras, vagueando pela terra como inútil peso»? 'l'ambém os cristãos sentem como é terrfrd a cons– ciência de uma vida efémera e cheia de dores, mas, ao contrário dos pagãos, daqueles que não têm ft\ encontram uma luz consoladora e salvadora cm Cristo: «Eu sou a luz do mundo, o que me segue não anda em trevas» (,Jo. 8, 12). «Eu sou a porta, o que por mim entrar se salvará». (Jo. 10, 9). O apóstolo S. Paulo recomenda aos fiéiH de 'l'essaló– nica que se não aflijam com.o os pagãos que não têm es- 1wrança. Jesus Cristo, ao aparecer na história do mundo, su– prime a angústia do homem, transformando-a na angústia do cristão. Cristo tira ao homem a angústia da solidão, da sua caducidade, do seu desespero, dando-lhe a jubilosa e tranquila segurança, fundada na certeza do seu eterno de:,Jino. Diz-se que o único modo de suportar um grande so– frimento é eneontrar uma grande consolação; e este (•onsolo que o homem afanosamente procura está em Deus. Ora, para achar consolação em Deus é preciso ter fé. Santo Agostinho compreendeu perfeitamente esta funda– mental indigência da humana natureza afastada de Deus, e no-la descreve nas suas «Confissões» com acentos de profunda sinceridade: «Formusura sempre noYa, que tarde comecei a amar-Te! Tu estavas em mim e eu estava

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