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A BíBLTA l:}SCLARE<'E A. AN(+(,STIA HlL\fAXA 253 modo: l\Ieu Pai! ,Já não poc1e acender-se de outra ma– neira a lâmpfüfa que cfo-ve alumiar a mc'8a da F'amília do rnund'l. «Deste modo patétieo des<•rew o húngaro Ivan Osz o tenebroso estado da so(•iedade afastada de Deus, a qual somente Pncontrará a luz virando-se generosamente para Aquele que é a luz do mundo, (~ue dissipa toda a c•;.;euridão para os que o seguem. «Ontem sonhei que via Deus ... » A rrise da consciência modt>rna é crisP de fé, e, por conseguinte, de espernrn:a. Podiam aplicar-se aos homens da nossa época as sombrias palavras que A. Machado, tão Pxcelenü' poeta eorno pobre mortal, escrevia de si mesmo: «tinha urna alma sempre na sebenta, cheia de rasuras, de vacilaçõPs e de arrPpendimentos.» Esta frase reflpcte as Yacilações, flutuações, esperança e desesperação dos homens que quebraram a lámpada posta sobre a Mesa da grandp família do mundo. Atormentados pela dúvida e pela ineerteza, exclamam também eom o poeta: «Ontem 'sonhei que 1Jia. Deus e a Deus falava; E sonhei que Deus me ouv·ia... Depois sonhei que sonhava». É a angustiosa aspiração do homem que (foseja a luz para dissipar as trevas do sc>u espírito. l\Ias essa luz não chega a entrar no orgulho insensato dum entpndimento limitado que, não obstante, quer compreender tudo. abran– ger tudo, analizar tudo. O honwm não quer convencer-se de que existem parcelas de realidade às quais apenas se ehega com a inteligência fortaleeida e sublimada pela fé, da mesma forma que com um microscópio se descobrem os milhares de seres que existem numa gota de água. Há uma promessa de Cristo que não pode esquecer-se e que enehe de consolo as profundidades do coração : «Bem-aventurados os que não viram e, no entanto, acre– ditaram» (,To. 2, 29). Sem Cristo, a angústia humana carece de sentido,

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