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,\ BíBLL\ ESCLAIUJCE A ANGúSTIA HUMANA 251 Duas espécies de angústia Aeompanhando os ensinamentos da Bíblia, distingo duas <'spC,eies de angústia, separadas entre si como por um abismo, P absolutamente opostas; a angústia dos mal– -,-ados, dos homens que YÍYem afastados de Deus, porque airn1a O não eneontraram ou porque o renegaram; e a angústia, a inquietaç:ão dos que descansam e eonfiam no Rt>nhor. Ainda ningnrm dPsert>veu tão perfeitamente a an– gústia <los perYHsos eomo o autnr do Livro da Sabt>doria. «A <1eseri<;fío da angústia total, no Lino da Sabedoria, apan'Pe eomo suspensa entre dois extremos: por um lado. é uma imagr·m das treYas que um dia devorarão os maus, ou Heja, a yacuidade definitiva das hevas depois rla rnortP: <' por outr.o lado, a angústia nfío é senfío uma imag<!ID porque DPus eastiga os seus inimigos com certos paliatirns, eom uma justic:a mitigada pela Rua bondade <' paeiêneia». ( frarnl<'S e ünprescutií.-veis são os teus juízos, diz o Sábio. P p 1 Jr isso, as almas Pm trPYas se extraviaram. Pois, supornlo os iníquos (]U<' podiam dominar. sobre a Nac:ão santa, fiearam prisioneiros das 1:reYas e eneadeados por umÍt longa noite, eneerrados debaixo dos seus tPtos, PX– e1ui(1os <la 'I'ua Pterna Providência. Nenhuma força de fogo Pra eapaz de l1H'S dar luz, nem a brilhante ehama dos astrns podia iluminar aquela horrenda noite... Apenas sobre PlPs se est<'ndia uma dPnsa noite, imagem das treYat, qu<, os Psplêran1m, mas ('lPs eram para si próprios mais J1t>sac1os que as trevas.» (17, 1 ss.). Esta ohseuridade que esmaga e desespera, porque nasee da ausência de Deus, origem e razão de todas as ,•oisas, é a que enrontramo,; na alma desses filósofos exis– t<•1wia,1istas que, eansados dP viYer sem Deus, se rpyoltam e mal(liZt'rn tudo quantos os rodeia, na ordeírl afeetiYa e soeial. _:\firma Sartre: «Nada tem razão de s<'l\ nPm causa nem m•epssidade; a -vida é uma empresa frustrada, <fosde ,. priiwípio ao fim: a vida social é insuportável; por

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