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A ::\lEXHM¾E::\1 DA BíBLL\ que depor uma após outra, as armas que para nada me serYiam. As gentt>s, que eom tanta faeilidade abandonam a fé, não sabem os tormentos qm· é neeessário passar para a recuperar. Certo dia, veio-me ter às mãos uma Bíblia, com que uma amiga alemã tinha presenteado a minha irmã Camila. Pela primeira vez ouvi rm,soar no meu coracão a doce e inflexível voz da Sagrada Escri- 1 ura. SàUÍ:ente conhecia a história de Jesus através de Renan; e, fiando-me neste impostor, nem sequer sabia que Jesus se tinha proclamado Pilho de Deus e Salva– dor do mundo. Cada palavra, cada linha, na sua majes– tosa simplicidade, arguia de mentira as desavergonhadas afirmações daquele apóstata, abria diante dog meus olhos claríssimos horizontes. Reconheci então com o Centurião Romano que Jesus é o Filho de Deus. «S. Paulo distinguiu-me entre todos e prometeu-me G seu amor. 1\1:as, ao mesmo tempo, não me deixou outra herança que a condenação, se o não seguia». «O Inferno está onde falta Cristo». «Oh! não! Eu não precisava que me dissessem em que consistia o inferno. O inferno astá onde falta Cristo. E que me importa já o resto do mundo diante deste novo r maravilhoso ser que se me revelava~ » Desde então, todo o seu egrégio lirismo, toda a sua torrente verbal, toda a sua potência de dramaturgo em ideias, em personagens e em construção, desde as «Gran– des Odes» ao «Anúncio feito a Maria», nasceram e com bateram pela fé católica. O Santo Padre Pio XII, durante urna velada no Palácio Apostólico, em 1950, à qual assis– tia Paul Claudel, disse do escritor católico: «Parecia-me seguir mentalmente o itinerário de uma alma possuída e conquistada pela graça de Cristo, que, a partir do dia da conquista, se esforçava em manisfestar o amor de que e8tav~ rep_leta, sempre com ardor, com entusiasmo, com energia.» Claudel, a partir da sua conversão, faz-se um apai-
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