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SI'l'UAÇAO AC'rUAL DA PALBSTINA 211 decidido empenho das organizações sionistas e ao jogo unitário da Inglaterra, surge, pois, o Estado de Israel, eom os seus 20.000 quilómetros quadrados, ficando-se por aí, como espada de Democles, para a confusão das relações humanas. O seu primeiro presidente é o sábio Chaim \Veizmann, cargo que ocupa até à sua morte ocor– rida em 1952. Desde então, o assunto da Palestina sinte– tiza a crise oriental. O nacionalismo árabe, ao contacto eom o racismo judaico, vê-se arrastado para o mais radi– cal extremismo. O desejo profundo de unidade, bastante confuso entre os árabes, fortalece-se com o sentimento de um forte agravo feito ao povo árabe e ao Islão. Daqui l'm diante, o JHédio Oriente, segundo a terminologia saxónica, e Próximo Oriente, segundo a latina, converte-se num rio revoltoso, a transbordar de tentações e promes– sas para qualquer pescador ambicioso. 2. - Organização do actual Estado de Israel Quando em 1948 deflagraram as hostilidades, viviam na Palestina 1.761.000 habitantes, 600.000 dos quais eram judeus aglomerados principalmente nas cidades de Tel– -Aviv, Haifa, Tiberíades, Jerusalém... Para os cristãos, as recordações mais transcendentes estão principalmente nas mãos dos árabes, tais como o Santo Sepulcro, Gétsé– mani, Uitostrotos, Betânia, Belém, o poço de Jacob, etc. Nazaré, o Cenáculo, a igreja da dormição de Maria, amorosos lugares, embora menos transcendentes, do Ta– bor e Tiberíades, estão em poder dos judeus. Dos 26.000 quilómetros que tinha a Palestina, 20.000 estão nas mãos de Israel e 6.000 pertencem à Jordânia. Podemos adivinhar as dificuldades que esta divisão geográfica trouxe para os franciscanos residentes na Pa– lestina, que guardam com, devotado carinho os Lugares Santos e também, para o peregrino que deseja visitar ('omodamente a terra santificada pela presença terrestre do Filho de Deus; este tem de se embrenhar na Palestina por Damasco e Beirut, dando uma volta enfadonha e interminável.