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SituafàO actual da Pale1lina. fJ moderno ê1tado de :<J1rael No meu livro Pelos caminhos do Senho·r, recente– mente publicado, escrevo textualmente: «Em l\faio de 1949 fizeram-se tréguas entre os árabes e Israel. l\ías isto não acaba com as diferenças existentes entre a pri– meira nação judaica, desde que os romanos conquistaram e destruíram Jerusalém, e os árabes, seus vizinhos. ,Julgo sinceramente que a actual conjectura não se pode pro– longar indefinidamente. A actual divisão da Palestina é absurda; urge solucionar . .o problema dos refugiados árabes para poder obter uma paz estável e duradoira. Nó.s, os cristãos, temos direitos sacrossantos que de ne– nhum modo podem ser violados. Duas coisas são prová– veis: que os israelitas despertem a consciência militar do mundo árabe, ou que constituam um novo centro de dis– córdia, do qual surja uma nova guerra mundial». Devo ajuntar, com verdadeira dor, que os últimos acontecimentos políticos confirmam os meus pressenti– mentos. Os factos são bem patentes: a aquisição de armas por parte do Egipto nos países comunistas, o ataque an– glo-francês ao canal de Suez, a influência que Moscovo tenta exercer no Médio Oriente, os contínuos reencontros rntre árabes e judeus, a invasão por parte de Israel da península do Sinai e a sua teima em não sair do golfo de Akaba, tudo isto aumenta as dores de cabeça que as Nações Unidas têm tido, por causa desta região, e cons– titui uín eminente perigo para a paz mundial. Quero, numa síntese muito breve, propor o problema
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